domingo, 23 de junho de 2013

No Mar

                                                                            No Mar 





Ele sustém eternos murmúreos
Nas praias desoladas, e com suas soberbas cristas
Inunda vinte mil cavernas, até que o sortilégio
De Hecate as deixe com seu velho e assombroso som.
Muitas vezes se encontra tão tranqüilo,
Que até a menor das conchas permanece dias imóvel
Desde o desenlace dos ventos celestiais.
Vós, cujos olhos se enchem de tormento e tédio,
Regojizai-os com a imensidão do mar;
Vós, cujos ouvidos estão atordoados pelo rude ruído,
Ou enfastiados pela música melosa -
Sentai-vos na boca de uma velha caverna, e meditai
Até que escuteis, como se cantassem, as ninfas do mar! 

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