sexta-feira, 31 de outubro de 2014

 Ao cair do Pano

A terra é um palco armado no Universo
espectadores e atores somos.
nesse cenário, em que se vê, imerso,
O luzir da saudade do que fomos.

Sobe o velário- E´ o primeiro ato...
Amanhece a existência ...Há alegrias,
Beijos,carinhos e sorrisos! fato
Enacantador e cheio de Harmonias !

Sabe o Velário è a segunda vez!
Grandes sonhos de quando formos grandes!
Vida banal...lições de todo mês.
Numa ansiedade de ir além dos Andes...

Pela terceira vez o pano sobe
Primavera! que nos tonteia a mente
Pálida lua confidente e nobre
Que as nossas ilusões e sonhos sente !
Longas promessas...lagrimas...amor.
Enchem de vida o coração do ator...

E pela quarta vez, sobe o velário.
o personaguem sonha realiza...
Desiluções arquiva em seu armário.
Enquanto vê a vida deslizar,
Fugir de suas mãos ainda outra vez,
Largando triste, o ator, com o que não fez...

E o vem, o quinto ato da Existência
Subindo o pano, vê se o personagem
Cabecear saudoso! E na excelência
Do sonho que perpassa, vê a imagem
Do meu  passado na ideal visão!
Porém, flocos de neve e cinzas,vão

Aos poucos o fantoche sufocando...
O pobre ator cansado, quer dormir...
Os olhos cerra! o sono vai chegando...
E o pano cai para não mais subir...

Delma Guimaraes


Nenhum comentário:

Postar um comentário