quarta-feira, 4 de setembro de 2013



PRIMEIRA PESSOA


eu sempre escrevo o último verso
e a partir dele um poema sem começo
e sem pausa só pipoco de sílabas
e letras movediças num pouso
dinossauro
...
não sei dos olhos
mas sei tudo sobre esse olhar
que vai além do que nos sustenta
entre a pele e as nuvens

os dias passam na trapaça e na raça
na couraça e no que embaça
...como tudo que passa

até que a memória se transforma
em poesia

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