Impossível Não Amar
Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio
justifica a poesia da entrega.
Ser impossível é sua grande beleza. Claro
que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim,
ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de
plenitude.
Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".
Mas, o tudo e inexplicável, o amor acontece quando você "cessa", por
brevíssimos instantes.
A possessividade surgi, por um segundos, ela fica
compassiva. Deixamos o amado ser o que é o outro é só em sua
total solidão.
Vemos um gesto frágil, um cabelo bagunçado, molhado um rosto
dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso
desamparo.
Esperamos do amor essa sensação de eternidade.
Queremos nos enganar e
achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a
vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer.
Que somos mortais, e precisamos e devemos amar...
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