quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O luar invade a casa
como uma serenata para cordas.

Na memória
essa lua olha
naquela sala antiga
o amor.
Nunca soube escrever o vento.

Se as palavras fossem bailarinas
sobre o papel

se o papel fosse árvore
em movimento

Impossível escrever o som
quando tudo é instrumento

:o céu, o mar, a terra
o corpo e seu alento.
Minto.
Não era a mesma lua.
Nem a mesma sou.


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