sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Soneto Puro





Fique o amor onde está; seu movimento nas equações marítimas se inspire para que, feito o mar, não se retire de verdes áreas de seu vão lamento. Seja o amor como a vaga ao vago intento de ser colhida em mãos; nela se mire e, fiel ao seu fulcro, não admire as enganosas rotações do vento. Como o centro de tudo, não se afaste da razão de si mesmo, e se contente em luzir para o lume que o encolara. Seja o amor como o tempo – não se gaste e, se gasto, renasça, noite clara que acolhe a treva, e é clara novamente.

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